quinta-feira, 2 de abril de 2009

É hora de dizer tchau

Minha irmã chegou da Paraíba e, dessa vez, acho que vai levar o filho dela. Como diz minha mãe, ele está há um ano em conexão de Campinas para Campina Grande.
Como ele é dodoizinho, sempre foi ficando. Não queríamos deixar ele estressado, nem parar os tratamentos, etc. Mas a mãe dele tbm não quer ficar longe, né? Tem todo o direito de levar essa coisinha pra ficar com as irmãzinhas. Afinal, elas tbm são bem mais amigáveis que as coisinhas daqui.
Todo dia quando chego em casa, o Alf é o segundo a me receber. Ele tem um jeito fofo de receber, olha pra gente sem abrir os olhos, como se estivesse sorrindo. E aí começa a esfregação. Se joga no nosso pé e começa a rolar.
Muitos dias, depois de cuidar da "rainha" Toca, eu sento no chão e coloco ele no meu colo. Ele detesta colo, mas nessa hora gosta. E é aí que ele faz a naninha violenta da titia, durante o tempo que eu aguentar. Fazendo o romrom mais alto do mundo e olhando pra minha cara com cara de Alfofinho.
Aí de noite, muitas vezes ele chega de mansinho, pula na cama e a Toca finge que não percebeu. Ou senão ele deita no chão, do lado da cama, e dorme perto de mim tbm.
De manhã, enquanto todo mundo não está acordado, ele grita no meio do corredor. Quer todo mundo com ele, o tempo todo.
O Alf é quase um gato terapeuta. Fez um monte de gente que tinha pavor de gato, começar a se encantar. Minha professora de corrida foi uma. Quando nos conhecemos, ela foi categórica: "Não gosto de gatos, tenho trauma". Aí falei: "Vou te fazer mudar de idéia". Levei o Alf numa coleira pra ela e o primeiro passo ela deu, passar a mão nele. Depois, qndo começou a frequentar a minha casa, já não resistia, pegava o gato, fazia carinho e implorava por carinho, como nós costumamos fazer com os gatos. Daí pra tomar coragem de mexer na Bia foi um pulo. E, no final, até na Toca ela mexia, com ajuda de um "Feitiço".
Em resumo, o que fazer sem o Alfofinho?? Quem vai brincar de sacolinha pela casa e trazer o brinquedo pra gente jogar? Cada gato tem seu jeito e o Alf tem um jeito que é a coisa mais gostosa do mundo. Dócil de tudo, bonzinho de tudo. A gente acha, inclusive, que ele não tem unha nem dente... Ou acha que não tem.
Só sabemos que vai fazer falta, muitaaaa falta.
E agora estou empenhada em convencer meus pais que, com a saída do Alf, abre uma vaga na casa, mas vou esperar o trauma de pelos passar.. depois apareço com um pretolino lindo, de pelo curto, pra mamãe sofrer menos com os pelos.
Ai ai, ainda espero que minha irmã desista de levá-lo. E meu pai disse que vai colocar um gato de pelúcia na caixinha pra ela levar.

Quem vai desafiar o mau humor da Toca?
Quem vai dormir na minha cabeça?

Quem vai dormir na pia?


Como o titio vai estudar sem apoio de papel?



Quem vai ser o apaziguador?

PS: O Alf tbm foi doado, ele é um persa com essência de vira-lata!



2 comentários:

  1. Oi Ana, tô quase chorando de emoção ao ler teu depoimento sobre o Alf, ele realmente é lindo, e só de olhar a fota dá pra ver que é um gato do bem, pacifico. Tenho experiência com gato bravo, minha Agatha é igual a Toca, uma jaguatirica, o Tigrão super do bem, amigo de todos. Tenho certeza que se tua irmã leva-lo vai fazer muita falta, mas essa idéia de adotar o pretolino é ótima. Bjs

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  2. Ai Rose, nem me fale em chorar, não quero nem ver ele indo embora... :(

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